FOTOBIOMODULAÇÃO COMO ESTRATÉGIA POTENCIAL PARA REVERTER OS EFEITOS DA TOXINA BOTULÍNICA: MECANISMOS NEUROREGENERATIVOS E APLICAÇÕES CLÍNICAS
DOI:
https://doi.org/10.51670/aos.v6i2.268Palavras-chave:
Toxina botulínica, fotobiomodulação, recuperação neuromuscular, regeneração sináptica, complicações estéticas, neuroplasticidadeResumo
Objetivo: Este artigo propõe a hipótese de que a fotobiomodulação (FBM), modalidade terapêutica não
invasiva com reconhecido potencial neuroregenerativo, possa favorecer a reversão dos efeitos da BoNT/A,
promovendo a recuperação neuromuscular. Revisão Bibliográfica: A toxina botulínica do tipo A (BoNT/A) é
amplamente utilizada em procedimentos clínicos e estéticos pela sua capacidade de induzir paralisia
neuromuscular temporária, inibindo a liberação de acetilcolina. Apesar de seu uso ser considerado seguro e
previsível, efeitos adversos como ptose palpebral iatrogênica e assimetrias faciais podem ocorrer e perdurar
por semanas ou meses, sem que haja, até o momento, uma abordagem consolidada para acelerar a
recuperação. Discussão: A FBM estimula a atividade mitocondrial por meio da ativação dacitocromo c
oxidase, aumentando a produção de ATP e modulando vias intracelulares relacionadas à neuroplasticidade,
sobrevivência celular e sinaptogênese. Estudos pré-clínicos demonstram que a FBM é capaz de induzir a
expressão de fatores neurotróficos (como BDNF e NGF), promover o aumento da proteína SNAP-25 e
remodelar estruturas neuronais, inclusive em cérebros envelhecidos. Esses mecanismos estão alinhados com
os processos necessários à reversão dos efeitos da BoNT/A. Embora ainda não existam ensaios clínicos
controlados com essa finalidade, relatos clínicos sugerem que a FBM pode antecipar a recuperação funcional
em casos de complicações com toxina botulínica. Conclusão: A fotobiomodulação desponta como
abordagem promissora e fundamentada do ponto de vista mecanístico para o manejo de efeitos adversos da
BoNT/A.